A Secretaria de Cultura de Bauru planeja já para este mês de maio a inauguração do Teatro Municipal, fechado desde 2023 para uma ampla reforma na qual foram investidos mais de R$ 5 milhões - cifra que permitiu a implementação de um sistema de climatização, troca de carpetes e melhorias no sistema sonoro, entre outras novidades.
O objetivo, afirma o titular da pasta Paulo Eduardo Campos, é preparar o espaço para o presente e para o futuro como um atrativo voltado não apenas a Bauru, mas também à grande região. "As reformas garantem o funcionamento pleno pelos próximos 15, 20 anos", resume o secretário sobre as intervenções feitas no prédio.
Desde que foi inaugurado, em 2.000, o espaço, um imponente prédio de quase um quarteirão na avenida Nações Unidas, leva o nome de "Celina Lourdes Alves Neves", professora e mãe do também professor Paulo Neves - ícone da cultura bauruense, amigo de Zé Celso (Teatro Oficina) e fundador do Grupo de Teatro Paulo Neves, por onde aram nomes de gigantes como Edson Celulari, por exemplo.
A grande novidade está na climatização do prédio como um todo - etapa da obra que mais demandou tempo, ite o secretário. "O sistema abrange o teatro inteiro. Envolve a Divisão de Ensino às Artes, a Secretaria de Cultura e o hall do teatro, o que inclui o auditório, as salas e a galeria.
Para se ter uma ideia, o ar-condicionado a por tubulações que vão de uma ponta a outra do Teatro. Tudo é ado por um complexo de oito motores situado aos fundos do prédio, num ambiente ao ar livre, que garantem a estabilização do ambiente climatizado.
A dificuldade se deu no projeto: instalar tubulações de ar-condicionado num prédio relativamente antigo se tornou uma espécie de quebra-cabeça - "que no final deu tudo certo", celebra Paulo Campos.
Além da climatização, o próprio ambiente interno do Teatro mudou. Quem entra no prédio percebe que as paredes, todas pintadas, deram ao espaço um tom de novidade, mais moderno e pronto para receber atrativos regionais.
A própria inauguração já prevê movimentar o local: segundo o secretário, a Banda e a Orquestra Municipais preparam uma grande apresentação para levar o Teatro Municipal à nova fase.
O espetáculo vai mostrar também o novo sistema de som do local, uma das frentes de investimento no auditório - que conta agora também com cortinas motorizadas, poltronas reformadas e mais cadeiras. Se antes a capacidade de público girava em torno de 400, a partir da inauguração serão 458 lugares.
O próprio sistema sonoro, antes bastante criticado, agora condiz com a acústica do auditório. O investimento demorou, mas tem motivo: somente uma mesa de som, para se ter ideia, custou cerca de R$ 200 mil.
A ampliação no público e na própria tecnologia do prédio foi pensada justamente no projeto regional do Teatro e a própria Secretaria de Cultura já discute a possibilidade de trazer a Bauru atrativos até nacionais para movimentar o local.
Mais do que isso, a expectativa é garantir também um bom local para ser utilizado pela iniciativa privada - que pode alugar o auditório a fóruns, seminários e eventos. Isso a, porém, por uma mudança no próprio regulamento do Teatro, documento que a Cultura já prepara para lançar. "O regulamento atualizado dar novos parâmetros sobre valores de locação, entre outras coisas", explica Paulo.
Como toda mudança exige preparo, revela o secretário, a pasta bancou cursos em São Paulo aos servidores. "Foi necessário, já que temos equipamentos novos e temos de nos adaptar a eles", conta.
Enquanto o público ainda precisa aguardar a data da inauguração, prevista ainda para este mês, já usufruem das novidades os servidores e visitantes que diariamente se dirigem ao prédio. Mas também os alunos matriculados nas iniciativas gratuitas ministradas por ali.
"No caso dos instrumentos temos aulas de música, contrabaixo, guitarra, flauta, bateria e coral. Nas danças, balé e jazz em todos os seus segmentos e para todas as faixas etárias. Ainda oferecemos aulas de circo e malabares, todos gratuitos", elenca.
