INTOLERÂNCIA

Homem agride mulher com cabo de vassoura por ela ser umbandista

Por Cássia Peres | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Cássia Peres
Embriagado, o autor teria ofendido a mulher e a religião dela ao afirmar que os umbandistas seriam “sem vergonha”
Embriagado, o autor teria ofendido a mulher e a religião dela ao afirmar que os umbandistas seriam “sem vergonha”

Um homem de 28 anos agrediu a própria companheira, de 32 anos, com um cabo de vassoura e proferiu insultos contra a mulher por ela ser umbandista. O caso de violência doméstica acompanhado de injúria ocorreu na madrugada deste sábado (10) no Parque São Geraldo, em Bauru.

A mulher contou à polícia, acionada via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que a agressão começou por volta da 1h30, quando o autor a acordou com tapas e ofensas, além de ter rasgado o seu shorts. Ela informou, segundo o boletim de ocorrência (BO), que foi a um terreiro de umbanda na noite anterior por sentir falta de praticar sua fé.

O rapaz a acompanhou, mas durante o trajeto de volta para casa, ele, embriagado, teria ofendido a mulher e a religião dela ao afirmar que os umbandistas seriam “sem vergonha” e que “iriam para o inferno junto com o terreiro”. Ao chegar no local dos fatos, o casal teria jantado normalmente e ido dormir às 23h40 - até a interrupção do sono e o início do confronto.

Para se defender do ataque, a vítima pegou um cabo de vassoura, tomado em seguida pelo autor e usado para agressão, segundo o relato. Interrogado sobre o crime, o indiciado confessou ter agredido a parceira, mas negou à polícia ter adotado postura preconceituosa. Ele afirmou que não concorda com a religião professada pela mulher porque foi criado como cristão.

Na versão dele, ela teria iniciado as agressões físicas após uma discussão e ele só teria rebatido com golpes nas pernas da companheira depois de ser atingido nas costas com o cabo. Acrescentou ainda que no ado a parceira teria o lesionado com uma faca, mas não registrou BO por temer que ela fosse presa. O casal tem um filho de três anos de idade.

O argumento não convenceu a autoridade policial, que prendeu o rapaz em em flagrante. Ele permaneceu à disposição da Justiça.

 

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