OPINIÃO

Entre cantos e sorrisos, a saudade

Por Maria Julia Berriel Soares Ruiz |
| Tempo de leitura: 2 min

Falar sobre a Beth (Elisabeth de Oliveira Bomfim) num momento como esse é tarefa difícil. Ainda estamos tentando nos acostumar com a perspectiva de que um ente amado que sempre esteve por perto não mais estará.

Me peguei esses dias procurando cartões e separando os presentes que ganhei dela, eis que se tornaram relíquias representativas de sua presença.

A vida me trouxe essa irmã quando eu tinha uns 14 anos, e desde então nunca perdemos contato. Ela chegou até nós atraída pela música, pelo canto. Era coralista.

Desde então, nunca mais se separou de nós. Em quase quarenta anos de convivência, não houve hiatos, não houve período de separação, não houve desentendimentos. Era uma amizade sólida, constante, de valores, de gostos, de opiniões.

Ela se tornou uma pessoa da família. Para minha mãe, uma amiga e escudeira de todas as horas. Para mim, a irmã mais velha que eu não tive. Viajamos, cantamos, rimos, conversamos, nos divertimos.

Desde meu aniversário de 15 anos, ela acompanhou tudo na minha vida: a faculdade e a mudança de cidade; minhas conquistas profissionais; meu casamento; o nascimento e batismo de meus filhos; as doenças e falecimento de minhas avós. Esteve no meu aniversário de 50 anos.

De nossa parte, também acompanhamos sua trajetória acadêmica e profissional (sempre brilhante, produto de seu esforço e valor dado aos estudos); o mestrado; seu casamento; a incansável dedicação à família.

Foi minha madrinha de crisma, quando eu estava com 40 anos, pela amizade e pelo exemplo de fé.

As histórias e experiências que todos tivemos com ela no Coral Arte Viva são tantas que dariam um livro! Estava sempre sorridente e de alto astral.

Fica um vazio imenso, mas com a esperança de que iremos nos encontrar de novo.

Que pessoa incrível você foi, amiga, e que honra e privilégio ter te conhecido!

Que Deus te receba em seus braços, obrigada por tudo, fique em paz!

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