
Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, as queimadas voltam a compor o cenário cotidiano de Franca. Além dos impactos ambientais diretos, essa prática traz uma preocupação adicional: o aumento de doenças respiratórias, como gripe e resfriados, que afetam amplamente a população. A situação só sobrecarrega o sistema de saúde de Franca, que já enfrenta desafios recorrentes, que vão desde a escassez de leitos para internações até a baixa adesão às campanhas de vacinação, que não conseguem alcançar índices satisfatórios de cobertura.
Nesse contexto, as queimadas, comuns nesta época do ano, agravam ainda mais uma situação já delicada, impondo novos desafios ao poder público.
Poluição do ar
As queimadas liberam uma grande quantidade de poluentes atmosféricos, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, ozônio e material particulado fino (PM2,5). Este último é especialmente prejudicial, pois consegue penetrar profundamente nos pulmões e atingir a corrente sanguínea.
A elevação desses poluentes no ar está diretamente ligada ao aumento de casos de doenças respiratórias, como asma, bronquite, rinite alérgica, além de doenças cardiovasculares.
Crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes compõem os grupos mais vulneráveis a essas complicações.
O que evitar?
Com o período de estiagem, que se estende de meados de maio até outubro, áreas com vegetação seca tornam-se altamente suscetíveis a incêndios, muitas vezes provocados de forma acidental. Para evitar tragédias, é fundamental não descartar bitucas de cigarro em terrenos baldios ou áreas de mata, já que uma faísca pode rapidamente dar início a focos de fogo em ambientes secos.
Além disso, a prática de queimar entulhos ou resíduos deve ser totalmente evitada, pois, além de ilegal, contribui para o aumento dos focos de incêndio e da poluição atmosférica.
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