
Uma ação do Ministério Público de Patrocínio Paulista resultou na suspensão do exercício profissional de uma nutricionista que liberou comida com larvas para pacientes da Santa Casa da cidade, a 20 km de Franca.
O caso foi investigado pela Promotoria, através do promotor Tulio Vinicius Rosa, com sentença do juiz Daniel Carrijo da Comarca de Patrocínio Paulista. Além de pedir o afastamento da profissional de suas atividades, Túlio também denunciou a mulher por crime contra as relações de consumo. A nutricionista teve a sua inscrição no conselho de classe suspensa e não pode atuar até o fim do processo.
A investigação descobriu que a acusada, à época dos fatos, ao longo de 2024, determinou que arroz com larvas e carnes com sinais de apodrecimento, apresentando odor fétido e coloração escurecida, fossem lavados e usados no preparo de refeições. Ela também elaborava cardápios fictícios, com itens que não estavam disponíveis no estoque da entidade. Isso resultava em improvisações alimentares incompatíveis com o planejamento nutricional adequado.
"Tal conduta comprometeu não apenas a qualidade e a segurança das refeições servidas, mas também o próprio tratamento médico dos pacientes, os quais se encontravam em estado de vulnerabilidade clínica e dependiam de alimentação segura e balanceada para sua recuperação", disse Túlio Rosa na denúncia.
De acordo com o despacho publicado nesta sexta-feira, o juiz destacou "evidente risco de lesão à saúde de terceiros indiscriminados que venham a ser submetidos aos serviços nutricionais da investigada, considerando seu padrão de conduta profissional evidenciado nos autos, que demonstra flagrante desrespeito às normas sanitárias básicas e aos princípios éticos que regem a profissão de nutricionista".
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