01 de junho de 2025
JUSTIÇA

Policial é condenado por morte de francano em Minas Gerais 2a4118

Por Pedro Dartibale |da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução/Redes Sociais
Célio Nunes de Oliveira, juntamente com sua ex-companheira Olivia Fonseca e sua filha Yasmin Fonseca

Treze anos após a morte do vendedor de calçados Célio Nunes de Oliveira, de 41 anos, natural de Franca, o caso finalmente foi julgado. O policial militar acusado pelo homicídio doloso foi condenado nesta segunda-feira, 26, no Tribunal do Júri em Bicas, Zona da Mata, em Minas Gerais. 3k1a5j

A sentença foi anunciada por volta das 23h. O sargento Mauro Aloisio Kaiser Rossignoli foi condenado a seis anos de reclusão em regime semiaberto, juntamente com a perda do cargo e já saiu preso do tribunal. Embora considerem a pena branda, familiares de Célio celebraram a condenação como um marco na luta por justiça. “Estamos muito felizes com a condenação, infelizmente nada trará o Célio de volta, só queriamos que a justiça fosse feita”, afirmou Olivia Fonseca, ex-companheira de Célio e mãe de sua filha Yasmin.

Relembre o caso 703r5t

O crime ocorreu em maio de 2012, poucas horas após Célio chegar à cidade mineira para trabalhar. Na última ligação feita à família, ele informou que iria jantar e se hospedar em um hotel. Horas depois, foi morto com um tiro disparado durante uma abordagem policial no centro da cidade.

Inicialmente, o PM alegou que a vítima tentou sacar uma arma, justificando o disparo como legítima defesa. No entanto, imagens de câmeras de segurança contradizem essa versão. Os vídeos mostram o momento em que Célio é abordado e baleado, além do policial retirando objetos dos bolsos do vendedor, como o celular, antes de colocar o corpo na viatura.

Outro ponto que levantou suspeitas foi a forma como o caso foi conduzido. Segundo a família, Célio deu entrada no hospital como indigente, sem identificação, e os parentes só foram informados sobre a morte cerca de 12 horas depois.

Ao longo dos anos, a família de Célio Nunes de Oliveira buscou justiça por meio de manifestações, vídeos e publicações nas redes sociais. A filha da vítima, Yasmin Fonseca, tinha apenas 8 anos na época do crime, agora, estudante de direito na FDF (Faculdade de Direito de Franca), pôde participar do júri nesta segunda-feira, 26, buscando justiça por seu pai.