NÃO AO PREFEITO

Vereadores de Itupeva liberam reajuste somente para servidores

Por Marília Porcari |
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/ Câmara de Itupeva
Vereadores aprovam reajuste de 3,14% nos salários do funcionalismo público
Vereadores aprovam reajuste de 3,14% nos salários do funcionalismo público

Em sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira (16), os vereadores de Itupeva aprovaram o reajuste salarial dos servidores públicos municipais em 3,14%, valor que corresponde à inflação registrada no último ano. Os parlamentares itupevenses também votaram e reprovaram a criação de cargos na cidade e aumento do subsídio de prefeito, vice-prefeito e secretários.  Todos os assuntos estavam sendo tratados no Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 658, que teve uma emenda supressiva e outra modificativa, sendo estas aprovadas por nove votos a dois, sendo que apenas César Farali e Osvando, ambos do MDB, foram contra.

O vereador Jota Júnior (PL) foi o primeiro a se pronunciar sobre o projeto, destacando a importância das matérias tratadas e os pontos polêmicos. “Não desconsidero que o município tenha que suplementar os cargos para tornar a máquina pública mais operacional. No entanto, penso que o Executivo pode elaborar um projeto de reforma istrativa, enviar para esta Casa justificando devidamente os cargos que serão criados e chamar (servidores) de concurso, que estão esperando”, disse, lembrando que o município vive um momento financeiro delicado e que o projeto apresentado pela equipe do prefeito Rogério Cavalin (MDB) não traz a devida justificativa para aumentar subsídios e criar cargos.

Já o vereador Ezequiel Alves (PSD) fez questão de ressaltar que a emenda supressiva foi necessária porque dentro do PLC estava contemplada também o aumento de subsídio ao prefeito, vice e secretários. “Não pode. Esta lei tem que ser de iniciativa da Câmara”, explicou, ainda enviando recado para Cavalin. “O prefeito tem que cuidar da sua assessoria, não pode enviar um projeto desta maneira. Precisa observar. O senhor está assinando, precisa receber melhor orientação”.

Sobre a criação de novos cargos, a vereadora Josi Moura considerou a real necessidade destas posições que não seriam estratégicas para o atendimento ao cidadão. “Se fosse para auxiliar de classe, para UBS, para suprir a necessidade da população, seríamos a favor. Mas são cargos políticos, são agentes de gabinete, são chefias. O que queremos é quem vá atender o povo”, afirmou.

Defendendo o governo, o vereador César Farali atacou os colegas da Câmara, dizendo que não foi convidado para nenhuma reunião para debater este projeto. Ainda explicou que alguns dos cargos previstos na proposta eram para atender a educação e outros para chamar de concurso. Seguiu ainda tentando defender a proposta que reajustava o valor de vale-alimentação e o abono salarial, mas se enrolou no entendimento da proposta de lei e das emendas, acreditando que retirava o direito dos servidores. O diretor jurídico da Câmara, Éder Carlos Vila Candeu, interveio e explicou corretamente ao vereador: “Foi isso o que votou na emenda supressiva: suprimiu-se a cessação do abono.Aqui no artigo 4º, ele cessaria e autorizaria a transferência para o cartão refeição. Mas ele permanece como está”.

O presidente da Câmara, Marcão Marchi (PSD), posicionou-se em relação à crítica de não ter tido reunião. “Quer mandar outro projeto para discutir criação de cargo, de concurso público, a gente está aberto. Esta Casa está aberta, César, líder de governo, e você pode trazer o projeto que marco a reunião com todos os vereadores para explicar antes. Se está querendo dizer que não está tendo diálogo, a gente tem diálogo sim”, disparou.

Após a discussão e com as emendas que alteraram o texto já aprovadas, o projeto ou com 11 votos favoráveis, sendo que o presidente não vota e o vereador Juba (União) não compareceu à sessão.

Comentários

Comentários