
Com uma população de 843.514 habitantes, de acordo com dados do IBGE 2022, a Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) enfrenta diversos desafios, em especial em relação à mobilidade urbana. Apesar de contar com diversos modais, como linhas de trens que transportam ageiros e rodovias que estão entre as melhores do país, a circulação de moradores das sete cidades que compõem a RMJ é uma das pautas priorizadas nas reuniões entre prefeitos da região.
O último encontro foi em 31 de março e o tema esteve em destaque, com discussões sobre infraestrutura viária, transporte público e ações integradas para melhorar o deslocamento entre as cidades. "A Região Metropolitana de Jundiaí tem buscado caminhos conjuntos para melhorar a mobilidade entre os municípios. O diálogo entre as prefeituras é essencial para identificar as principais necessidades e definir estratégias que facilitem o dia a dia da população", destaca o prefeito de Jundiaí e presidente da RMJ, Gustavo Martinelli.
Para alcançar melhorias nas rodovias da região, ele esteve na Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), junto com o vice-prefeito Ricardo Benassi, para tratar projetos, entre eles a implantação de cinco transposições da Rodovia Anhanguera, a construção da ligação entre o prolongamento da Avenida dos Ferroviários e a Avenida Ipiranga, em Várzea Paulista — o que exigirá adequações na Linha Férrea —, além de melhorias como a instalação de arelas na Rodovia Hermenegildo Tonoli, que liga Jundiaí e Itupeva.
Trem Intercidades
O transporte de ageiros através das ferrovias também deve ser uma transformação para a mobilidade regional já que há o projeto do governo do estado para o Trem Intercidades (TIC).
Ligando São Paulo a Campinas com parada em Jundiaí, é considerado um avanço estratégico para toda a RMJ: “O Trem Intercidades será um grande ganho para a nossa região. Ele representa uma alternativa rápida, moderna e sustentável para milhares de pessoas que se deslocam diariamente, além de impulsionar o desenvolvimento econômico das cidades envolvidas”, afirma Martinelli.
Porém, esta melhoria ainda será bastante aguardada:as obras devem começar apenas em 2026 e a previsão de estar em operação é para 2031. Até lá, os moradores seguem utilizando as atuais paradas da TM, que na região incluem estações em Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, com itinerário que segue até São Paulo.
Apesar de trazer mais agilidade com uma viagem que deve durar cerca de 60 minutos entre São Paulo e Campinas, o TIC fará uma parada em Jundiaí e não contempla outras cidades da região. Apenas Louveira contará com o transporte ferroviário de ageiros no futuro, com a chegada do Trem Intermetropolitano (TIM), que ligará Jundiaí a Campinas em um trajeto de 44 quilômetros em 33 minutos, com paradas também em Vinhedo e Valinhos. As obras do TIM também serão iniciadas no próximo ano; porém, terão três anos de duração, sendo entregues em 2029.
Enquanto isso, a maior parte da circulação de pessoas entre as cidades da RMJ segue sendo por veículo próprio ou por ônibus intermunicipal.
Transporte coletivo
Já que por enquanto o transporte coletivo intermunicipal é a principal opção de circulação para os moradores da região, os pedidos formais ao Governo do Estado solicitando investimentos em infraestrutura viária, ampliação de faixas de rolamento e apoio técnico para melhorias no transporte coletivo regional já foram encaminhados pela RMJ.
Em Jundiaí, a Prefeitura informa que segue investindo na modernização do transporte público com o uso de tecnologia para o monitoramento da operação em tempo real e estudos sobre a eficiência da frota. Além disso, lidera os diálogos com os demais prefeitos da região para consolidar soluções conjuntas que beneficiem toda a população metropolitana.