OPINIÃO

Por que o sistema premia com milhões quem ousa ser diferente


| Tempo de leitura: 3 min

Tem uma coisa que ninguém quer te contar:
o mundo inteiro foi montado pra te treinar a ser igual — mas só os diferentes são bem pagos.

É cruel, mas é real.

Desde pequeno, você foi ensinado a repetir, seguir padrão, preencher lacuna, responder certo. A escola, o curso, a empresa… todos te empurraram pro centro da média.
Mas no mercado real, na hora que o dinheiro entra em cena, a lógica muda:
quem é comum ganha pouco. Quem é único, fatura o triplo. Ou o triplo do triplo.


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A matemática da autenticidade

Não é filosofia. É matemática de mercado:

Autenticidade bem usada é escassez. E escassez é valor.

Enquanto milhares tentam copiar o que já existe, poucos têm coragem de apresentar algo que ninguém nunca viu — e é por isso que esses poucos são lembrados, seguidos e pagos em dobro, triplo, ou mais.Quer exemplo?


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Steve Jobs não vendia celular. Vendia identidade.

Quando a Apple lançou o iPhone, ele não era o melhor telefone do mundo.
Mas era o mais diferente. O mais ousado. O mais simbólico.

Jobs não entregava produto. Ele entregava posição social, estilo de vida, status mental.
E o mercado? O que fez?

Jogou bilhões nos pés dele.

Porque o mundo inteiro paga mais caro por quem mostra uma nova lógica — mesmo que depois ele copie.


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No Brasil? O jogo é o mesmo.

Pega o Whindersson Nunes. Ele não foi o melhor comediante técnico, nem o mais bonito. Mas ele foi o mais autêntico da geração dele. Falava o que pensava, do jeito dele, com a cara dele.

Resultado?

Virou o rosto de marcas gigantes, ficou milionário, e criou uma legião de seguidores.

Agora olha pro cara que tentou imitar ele…

Nem você lembra o nome.


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O sistema te treinou pra ser funcionário, não fenômeno.

Desde sempre, te ensinaram a seguir fórmulas:
 • “Faça isso assim.”
 • “Fale desse jeito.”
 • “Se vista assim.”
 • “Pense como todo mundo.”

Mas na hora de contratar? Na hora de dar palco?
Eles procuram exatamente quem quebra a fórmula.

É por isso que o mundo está cheio de gente obediente que ganha pouco — e uns poucos desobedientes que criaram sua própria função… e ganham muito.

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Quem se iguala, se esconde.

Quem se diferencia, é enxergado — e pago por isso.

A falta de autenticidade é a maior âncora de salário que existe.
Você pode ser esforçado, inteligente, até bom no que faz.
Mas se parecer com todo mundo, vai ser tratado como qualquer um.

O mercado não te paga por horas.
Te paga por impacto.
E ninguém impacta sendo invisível.


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E a inteligência artificial?


Muita gente tem medo dela.
Mas vou te falar uma coisa com toda a convicção:
pra quem é autêntico, a IA é uma arma nuclear.


Ela faz o que você mandar. Ela organiza sua mente. Ela multiplica sua produção. Ela tira da sua cabeça e joga pro mundo com velocidade.


Pra quem é diferente, a IA não é ameaça. É amplificador.

Mas pra quem só copia, só segue fórmula, só faz o que o outro tá fazendo…
A IA vai substituir. Vai fazer igual, só que melhor. E de graça.


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Conclusão: o mercado não mudou.


Ele só deixou de tolerar os genéricos.


A era da média acabou. A era dos desiguais chegou.


Se você não souber mostrar o que te faz único, alguém vai te tratar como genérico.
E genéricos, no mercado de hoje, valem centavos.


Mas se você tiver coragem de mostrar sua visão, sua essência, sua diferença…
O jogo muda.
O seu valor explode.
E o mercado inteiro vai ser obrigado a te pagar o que você vale.


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Seja desigual. Ou seja substituível.
Essa é a matemática da nova era.

Ricardo Gauerk é publicitário, influenciador digital e vencedor do Prêmio Multishow. 

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