POLÊMICA

Vereadores adiam votação do reajuste salarial dos servidores

Por Marília Porcari |
| Tempo de leitura: 2 min
Samuel Silva / Jornal de Jundiaí
Sessão foi movimentada e pautas foram retiradas
Sessão foi movimentada e pautas foram retiradas

Com lotação máxima de público, a sessão desta terça-feira (13) teve pedido de urgência para votação da proposta de reajuste salarial do servidor público municipal e que não foi colocada em discussão. Com o plenário ficando cheio, os vereadores optaram por não aceitar o pedido do prefeito Gustavo Martinelli (União) para acrescentar na pauta o assunto e deverá entrar na Ordem do Dia da próxima sessão.

O presidente da Câmara, Edicarlos Vieira (União) explicou que houve conversa com o chefe do Executivo e que foi entendido que é melhor adiar a votação e discutir mais sobre a proposta. O vereador Henrique Parra, do Cardume, mandato coletivo do PSOL, acredita que a participação do público foi decisiva para a mudança: “Plenário lotado contribuiu para que a votação em urgência não fosse para frente”.

Com a suspensão do assunto, o público que enchia o local e chegou a ficar sem poder ar o espaço, pois as catracas travaram após lotação máxima ser atingida, foi saindo aos poucos.

Ainda assim, quem ficou no plenário acompanhou novamente momentos de embates entre público e vereadores e pedidos de silêncio. Desta vez o que trouxe polêmica foi a proposta de emenda à Lei Orgânica n° 182/2023, que prevê a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de autoria de Edicarlos.

O presidente da Câmara destacou que há anos o assunto é discutido há tempos e que é hora de se tornar uma política pública permanente. “Jundiaí tem condições de ser referência. É importante que seja colocado na Lei Orgânica”, disse.

A vereadora Mariana Janeiro (PT) se pronunciou, considerando que os ODSs são propostas da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual ela é integrante. “Vamos aplicar e que de fato avance. Garante uma cidade mais justa”, afirmou.

Entre os 17 objetivos estão a erradicação da pobreza, fome zero, redução das desigualdades, trabalho, educação e ação contra mudanças climáticas.

A proposta foi aprovada por 12 votos favoráveis e três contra, de Juninho Adilson (União), Madson Henrique (PL) e Rodrigo Albino (PL). Entre os motivos para não concordarem com a proposta, os vereadores destacaram que o tema ‘igualdade de gênero’ como algo que não aprovariam. Neste momento começaram as manifestações populares, com gritos, vaias e aplausos. Vereadores que tentaram falar foram interrompidos e o presidente da Casa pediu silêncio, cobrando inclusive postura do vereador que respondia ao público: “Enfrentamento não é bom para ninguém. Respeitem quem está aqui e também vamos respeitar vocês”.

Adiamentos

Com o relógio se aproximando das 20h30 e sem ter sido realizadas as falas dos munícipes na Tribuna Livre, os vereadores ‘correram’ com as pautas e alguns projetos foram adiados, como o que institui o Programa de Comunicação não violenta no calendário oficial da educação e a instituição do Festival de Gastronomia Delícias de Jundiaí, no calendário oficial de eventos.

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