JULGAMENTO NO STF

Defesa nega que 'kid preto' vigiasse casa de Moraes; ASSISTA

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução de vídeo/X
Chiquini contestou a acusação de que seu cliente estaria nos arredores da casa de Moraes.
Chiquini contestou a acusação de que seu cliente estaria nos arredores da casa de Moraes.

Durante o julgamento da Petição 12.100 no Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira (20), o advogado Jeffrey Chiquini defendeu o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como "Kid Preto", e negou que ele tenha participado de qualquer vigilância à residência do ministro Alexandre de Moraes ou de articulações para um golpe de Estado.

Leia mais: Moraes vota para tornar réus 10 acusados pela trama golpista

A defesa se manifestou após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votar para transformar em réus os dez acusados de integrar o chamado "núcleo 3" da trama golpista investigada no âmbito da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Azevedo é um dos acusados e foi apontado como integrante de um grupo de militares, parte deles ligados às forças especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos", que teriam participado de reuniões para pressionar os comandos militares a aderirem a um golpe contra o Estado Democrático de Direito.

Chiquini contestou a acusação de que seu cliente estaria nos arredores da casa de Moraes e apresentou registros de geolocalização que comprovariam que Azevedo estava em casa, com base em dados armazenados na nuvem do celular. Ele também afirmou que, entre as 158 mil mensagens extraídas do celular do delator, o nome de seu cliente não aparece nem sequer uma vez.

Além disso, o advogado criticou duramente a falta de o às provas da investigação. “Há seis meses Azevedo está preso, e até agora não tive o. O que querem esconder?”, questionou, comparando a condução do processo aos métodos da Operação Lava Jato.

No voto apresentado, Moraes defendeu que há indícios suficientes para abrir ação penal contra os acusados. Ele mencionou reuniões realizadas pelos militares para articular apoio dentro das Forças Armadas e ressaltou que o objetivo seria a efetivação de um golpe de Estado. Segundo o ministro, "não era uma reunião de amigos, conversa de bar", mas um plano concreto contra a democracia.

*Com informações da Agência Brasil e Migalhas

Comentários

Comentários