
A Arquidiocese de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, divulgou na terça-feira (20) um alerta sobre a atuação de golpistas que compartilharam, nas redes sociais, um vídeo falso do arcebispo dom José Luiz Majella Delgado. Na gravação, Delgado aparece solicitando auxílio financeiro para o tratamento de saúde de uma criança doente.
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Conforme o posicionamento da Arquidiocese, as imagens mostram o arcebispo usando veste vermelha. No entanto, a voz não é a dele. Ao fundo, aparece o túmulo do apóstolo Pedro.
“As imagens não são verídicas e foram produzidas por meio da Inteligência Artificial, não se referem à pessoa do arcebispo nem ao respectivo pedido de dinheiro. A utilização de sua imagem sem consentimento é uma violação dos direitos de personalidade e um desrespeito à dignidade do nosso bispo", afirmou a nota.
A Arquidiocese de Pouso Alegre pediu à população que não divulgue os vídeos nas redes sociais, na imprensa ou em meios de comunicação em geral. "Agradecemos a compreensão e o apoio de todos os fiéis e da comunidade em geral, e reafirmamos nosso compromisso com a ética e a transparência nas ações da Arquidiocese. Que possamos seguir juntos, promovendo o respeito e a dignidade entre todos".
O professor da universidade Una e coordenador e cofundador de programas de inovação do Ânima HUB, Flávio Souza, explicou como identificar os vídeos falsos. Segundo ele, a principal artimanha dos golpistas é criar vídeos com temas persuasivos para enganar o público, utilizando a inteligência artificial como ferramenta.
"Primeiramente, se você estiver em dúvida sobre a veracidade das imagens, busque a origem do vídeo no Google e verifique se a fonte possui um perfil confiável nas redes sociais. Assista mais de uma vez e, em hipótese alguma, forneça dados financeiros ou pessoais", alertou o professor.
O especialista explicou que essa prática tem se tornado comum entre os golpistas, que utilizam imagens de pessoas renomadas na sociedade — como jogadores, artistas, empresários e até do papa Leão 14 — para produzir vídeos pedindo dinheiro. "Na dúvida, não faça nada. Em caso de suspeita de fraude, entre em contato com a polícia e denuncie", recomendou Souza.
* Com informações do jornal O Tempo