7 em cada 10 mortes por síndrome respiratória são por influenza A

O Brasil tem tendência de alta nos casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave), com 22 estados em nível de alerta, risco ou alto risco, assim como 19 capitais. O estado e a cidade de São Paulo estão entre eles. As informações são do boletim InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Os dados são referentes ao período entre 18 a 25 de maio, e apontam tendência de alta na mortalidade por Srag causada pelo vírus da Influenza A entre idosos e crianças de até dois anos, que também são os dois grupos com maior incidência da doença.
Além de São Paulo, estão com altos níveis da doença Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e Vitória.
Entre os estados, estão em alerta, risco ou alto risco Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Desde 27 de abril, a prevalência entre os casos positivos foi majoritarimente de VSR (Vírus Sincicial Respiratório), com 50,7% dos casos, seguido pela Influenza A, com 36,5% dos casos. O rinovírus foi responsável por 14,7% dos casos e a Covid-19, por 2,1%.
Apesar disso, a maior parte das mortes foi causada pela influenza, com 72,5% dos óbitos. Em seguida vêm o VSR, com 12,6%, o rinovírus, com 9,7%, e a Covid-19, com 5,9%.
O VSR, que atinge principalmente crianças pequenas, tem apresentado tendência de queda de hospitalizações em alguns estados, como São Paulo, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Já a Influenza A parou de crescer em Mato Grosso do Sul e no Pará, embora os estados permaneçam com índices altos.