
O fundador e presidente do conselho da montadora chinesa GWM (Great Wall Motor), Jack Wey, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital chinesa para discutir o início das operações da empresa no Brasil. Durante o encontro, foram apresentados os detalhes da produção nacional e os investimentos futuros no setor automotivo brasileiro.
Segundo Wey, a fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, começará a operar em julho de 2025. Inicialmente, a unidade terá capacidade para produzir até 50 mil veículos por ano. Três modelos serão fabricados: o utilitário híbrido Haval H6, a picape Poer e o Haval H9, um utilitário de sete lugares. A expectativa da empresa é empregar diretamente cerca de 800 pessoas até o fim deste ano.
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Durante a reunião, o presidente Lula foi convidado a participar da cerimônia de inauguração da unidade industrial em São Paulo. Jack Wey também apresentou ao presidente alguns dos modelos que serão montados no Brasil, incluindo o Haval H6, a picape Poer e o Haval H9. Outro modelo exibido foi o Tank 300, um utilitário híbrido já disponível no mercado brasileiro.
A GWM pretende aumentar gradualmente a capacidade da fábrica para 100 mil unidades por ano, com foco na exportação para países da América Latina. A empresa também planeja transformar a unidade brasileira em um centro de pesquisa e desenvolvimento, com o objetivo de fomentar a cadeia local de fornecedores.
O encontro entre as autoridades ocorreu durante a visita oficial de Lula à China, que incluiu a participação no Fórum Empresarial Brasil-China. No evento, a GWM confirmou um novo ciclo de investimentos no Brasil. Após aplicar R$ 4 bilhões na reativação da planta de Iracemápolis, a companhia anunciou mais R$ 6 bilhões em investimentos entre 2027 e 2032. Os recursos serão destinados à expansão das operações e ao desenvolvimento de veículos no país.
A GWM é atualmente a maior montadora chinesa de capital privado e uma das principais fabricantes globais de picapes médias. A empresa atua em mais de 60 países, conta com cerca de 70 mil funcionários e mantém oito centros internacionais de pesquisa e desenvolvimento.