
Época mais seca do ano, o outono é uma época em que os alertas para doenças respiratórias são acesos, principalmente em crianças. Segundo especialistas, o período exige atenção redobrada por causa das mudanças climáticas que favorecem a propagação de vírus.
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De acordo com o chefe da pediatria da Santa Casa de Piracicaba, Marcelo Carvalho, é esperado que neste período do ano, aconteça um aumento no número de casos de doenças respiratórias. "É esperado que haja um aumento dos casos de pacientes pediátricos respiratórios agora, no começo do outono, por uma mudança climática. É comum que já esperemos o aumento dessas internações, tanto em enfermarias quanto em UTIs", diz o especialista.
Segundo Carvalho, as alterações de temperatura fazem com que as pessoas se aglomerem mais em ambientes fechados, o que contribui para a disseminação de patógenos virais. Os sintomas mais comuns dessas enfermidades são similares aos do resfriado: mal-estar, coriza e desconforto respiratório, que podem vir acompanhados de febre.
O período atual é marcado pela circulação de três vírus respiratórios que demandam atenção especial. "O vírus respiratório sincicial (VSR), influenza e covid são vírus que nos preocupam muito. Eles colocam em risco a vida tanto das crianças como de outras populações vulneráveis, como os idosos e pacientes com patologias prévias, como os asmáticos, por exemplo", afirma Carvalho.
Quando Procurar Atendimento?
O médico esclarece que nem sempre é necessário levar a criança ao pronto-atendimento diante dos primeiros sintomas. "Submeter seu filho a uma consulta pediátrica de pronto-socorro nem sempre é uma boa resposta a qualquer problema de saúde. A criança pode ser exposta a patógenos piores do que aquele com o qual ela está sendo acometida", alerta.
Carvalho ressalta que o serviço de emergência deve ser procurado em situações específicas: "O pronto-atendimento deve ser utilizado única e exclusivamente para pronto-socorrer, para aqueles casos de pacientes que começam a ter sintomas que podem colocar em risco a própria vida".
Entre os sinais de alerta destacados pelo médico estão crises de cianose (quando a boca fica roxa) e desconforto respiratório. Em casos de tosse sem outros sintomas ou febre, a recomendação é procurar o pediatra particular, do convênio ou marcar consulta em Unidades Básicas de Saúde (UBS).