VOOS CANCELADOS!

Crise faz companhia aérea Azul pedir recuperação judicial; veja

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
14 cidades brasileiras deixaram de receber voos da companhia
14 cidades brasileiras deixaram de receber voos da companhia

A Azul Linhas Aéreas solicitou, na quarta-feira (28), proteção judicial nos Estados Unidos por meio do Chapter 11, mecanismo previsto na legislação norte-americana que permite reestruturações financeiras enquanto a empresa mantém suas atividades. A medida é semelhante ao processo de recuperação judicial previsto na legislação brasileira.

Saiba Mais:

A decisão ocorre após a empresa enfrentar uma série de dificuldades operacionais e financeiras. Em 2024, a companhia suspendeu rotas domésticas, cancelou voos e renegociou dívidas. A Azul firmou acordo com credores para a extinção de aproximadamente R$ 11 bilhões em obrigações financeiras. Também recebeu um aporte de R$ 3,1 bilhões.

Entre janeiro e fevereiro, 14 cidades brasileiras deixaram de receber voos da companhia, veja:

  • Barreirinhas (MA)
  • Campos (RJ)
  • Correia Pinto (SC)
  • Crateús (CE) 
  • Jaguaruna (SC) 
  • Iguatu (CE) 
  • Mossoró (RN) 
  • Parnaíba (PI) 
  • Ponta Grossa (PR) 
  • Rio Verde (GO) 
  • São Benedito (CE) 
  • São Raimundo Nonato (PI) 
  • Sobral (CE) 
  • Três Lagoas (MS)

Em 27 de maio, um dia antes do pedido de proteção judicial nos EUA, a empresa anunciou a suspensão da rota entre Campinas (SP) e Uberaba (MG), a partir de 3 de agosto. Como alternativa, os ageiros poderão embarcar no aeroporto de Confins (MG), segundo a empresa.

Ao longo de 2024, a Azul também registrou diversos cancelamentos de voos. A empresa atribuiu os episódios a fatores como condições meteorológicas, manutenção de aeronaves e limitações em infraestrutura aeroportuária. Em dezembro, voos foram cancelados duas vezes em um intervalo de quatro dias no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a empresa optou por cortar custos e encerrar rotas com baixa rentabilidade. Segundo ele, a alta do dólar, o custo do combustível de aviação e a escassez global de peças impactaram diretamente as operações.

Apesar das suspensões, a empresa informou que segue com planos de expansão. Antes da pandemia, a Azul operava em 110 cidades brasileiras. Hoje, está presente em 160 localidades, número que deve cair para 150 após os recentes ajustes. Novas rotas internacionais foram anunciadas em 2025, com voos partindo de Campinas para Montevidéu, Madri e Porto.

O processo de reestruturação iniciado nos Estados Unidos envolve US$ 1,6 bilhão em financiamento e prevê a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas, além de novos aportes de capital estimados em US$ 950 milhões.

Durante o trâmite judicial, a Azul afirmou que seguirá operando normalmente, mantendo reservas, voos e atendimento aos clientes.

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