
As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apontaram indícios de que pelo menos três mulheres ligadas aos suspeitos presos na terça-feira, 3, por envolvimento com agiotagem em Franca e região, também participavam de alguma forma da organização criminosa.
A quadrilha, que movimentou mais de R$ 31 milhões, foi alvo de uma nova fase da Operação Castelo de Areia, com o cumprimento de 17 mandados de prisão, dos quais 16 foram efetivamente cumpridos: 14 em Franca, um em Ribeirão Preto e um em Pedro Leopoldo (MG).
Embora não tenham tido suas prisões solicitadas, os promotores do Ministério Público incluíram os nomes das três mulheres em pedidos de busca e apreensão. As medidas abrangem aparelhos eletrônicos, móveis, imóveis, joias, veículos, anotações, correspondências, bloqueio de contas bancárias, valores e outros ativos que possam auxiliar as autoridades nas investigações.
Para fins de identificação, a reportagem usará nomes fictícios para explicar o caso: Bruna, Amanda e Fernanda.
Segundo o Gaeco, Bruna é irmã de um dos investigados e mantém relacionamento com um dos presos. Ela prestava apoio direto às atividades de agiotagem, inclusive fornecendo conta bancária em seu nome para transferência de valores referentes a empréstimos. Foram identificadas transferências para suas contas que somam mais de R$ 200 mil.
Amanda, por sua vez, também tem vínculo amoroso com um dos presos. De acordo com o Gaeco, ela colaborava com o grupo, principalmente na organização e no ree de informações sobre os clientes interessados nos empréstimos.
Por fim, Fernanda, namorada de outro preso, apontado como líder da organização, movimentava grandes quantias em suas contas bancárias. A quebra do sigilo bancário revelou transações que ultraam R$ 600 mil. O entendimento do Gaeco é que suas contas eram utilizadas para ocultar valores pertencentes à organização criminosa.
De acordo com o órgão, há fortes indícios da prática dos crimes de agiotagem (empréstimo ilegal de dinheiro a juros abusivos), lavagem de dinheiro, extorsão e participação em organização criminosa.
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