POR 6 MESES

Polícia investiga se filha dormiu ao lado do cadáver do pai

Por | da Redação
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Reprodução/PCERJ
Potes de comida foram encontrados próximos à cama onde o esqueleto estava, o que reforçou a suspeita.
Potes de comida foram encontrados próximos à cama onde o esqueleto estava, o que reforçou a suspeita.

Tania Conceição Marchese D’Ottavio e Marcelo Marchese D’Ottavio são suspeitos de matar o próprio pai, Dário Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, encontrado morto na última quinta-feira (22), em estado avançado de decomposição, na residência da família, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.

A Polícia Civil apura a possibilidade de que Tania tenha dormido ao lado do corpo durante meses. Potes de comida foram encontrados próximos à cama onde o esqueleto estava, o que reforçou a suspeita.

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De acordo com os investigadores, o idoso pode ter sido morto há pelo menos seis meses. Tania e Marcelo foram autuados por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Ambos estão internados sob escolta policial, após apresentarem sinais de transtornos psiquiátricos.

Vizinhos relataram à polícia que Dário foi visto pela última vez em novembro de 2023. Testemunhas também relataram que, após a data, não mais escutaram as discussões constantes entre o pai e os filhos. Na última briga, segundo depoimentos, Marcelo exigia que Dário entregasse o cartão bancário e a senha, mas o idoso teria se recusado.

Em outro relato, uma testemunha afirmou que Marcelo costumava gritar frases como “Eu matei meu pai” e dizia ter jogado o corpo no lixo. De acordo com a polícia, ele apresentava sinais de distúrbios psicológicos há cerca de três anos e costumava circular com grandes quantias de dinheiro.

Os investigadores apuraram ainda que, após o desaparecimento do idoso, Marcelo ou a impedir que qualquer pessoa entrasse na casa.

O delegado responsável pelo caso informou à CNN que Dário era titular de dois benefícios previdenciários ativos: aposentadoria e pensão por morte. “Esse dado reforça suspeitas sobre possível motivação financeira por parte dos indiciados".

A Polícia Civil aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que deverá indicar a causa da morte e o tempo aproximado do óbito.

Segundo os investigadores, os irmãos ainda não prestaram depoimento formal. No momento da abordagem, Marcelo reagiu com agressividade, lutando com um dos agentes. Tania também tentou impedir a prisão, investindo contra os policiais.

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