
Após a prisão de um suspeito, a polícia investiga novas pistas sobre o assassinato do peão Matheus Expedito de Campos, de 24 anos, ocorrido em Lagoinha, na manhã de 30 de abril. O irmão de um vereador da cidade foi preso neste sábado (10) e está envolvido com o crime, de acordo com a Polícia Civil. Dois celulares e dois chips foram apreendidos e serão analisados pelos investigadores.
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De acordo com informações do boletim de ocorrência, a operação conjunta entre policiais civis e militares foi realizada no sábado para cumprir um mandado de prisão temporária, de 30 dias, expedido pela Justiça de Taubaté.
O alvo da ação foi preso e o celular dele foi apreendido. Os agentes ainda fizeram buscas na casa do pai do suspeito, onde apreenderam dois cartões para chips de celular, porém um deles estava sem o chip. Um aparelho celular também foi recolhido. Na casa do suspeito, na estrada do Bela Vista, nada de ilícito foi encontrado.
O crime.
Matheus era peão e foi executado com tiros à queima-roupa na manhã de quarta-feira (30), no Centro de Lagoinha, após sair de uma pastelaria. A Polícia Civil apura se o crime tem relação com ameaças anteriores atribuídas a um desafeto da vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia de Lagoinha, o crime aconteceu às 9h58. Uma testemunha que estava com Matheus momentos antes do assassinato contou que os dois tinham acabado de tomar café em uma pastelaria e seguiam para uma borracharia onde a vítima trabalhava.
Quando se despediam, uma motocicleta Honda CG 125 verde, sem placa, se aproximou. Dois indivíduos estavam no veículo: o condutor era mais velho e forte; o garupa era mais jovem, com cerca de 23 a 24 anos, moreno escuro, vestindo moletom e calça jeans clara. O garupa desceu, perguntou se o nome da vítima era Matheus, e, antes mesmo de obter resposta, sacou um revólver calibre .38 e efetuou os disparos.
A vítima ainda tentou correr para dentro de uma loja vizinha, mas foi atingida e caiu. Um amigo socorreu Matheus, levando-o até uma unidade de atendimento em um carro emprestado, mas ele não resistiu.
Testemunha.
A mesma testemunha afirmou que, antes do crime, os suspeitos haviam ado duas vezes pela frente da borracharia onde Matheus trabalhava, o que indicaria reconhecimento do local e da vítima.
O pai da vítima relatou à polícia que Matheus teria desferido uma facada em um homem, figura com ficha criminal extensa. Após o episódio, ameaças de morte contra Matheus teriam se espalhado pela cidade. No dia do crime, segundo informações colhidas, o desafeto estaria circulando por Lagoinha, algo incomum em sua rotina, o que levanta suspeitas sobre seu envolvimento na execução.