
Ex-seminarista e especialista em sexualidade e religião, Brendo Silva, de 33 anos, conta no livro “A Vida Secreta dos Padres Gays”, lançado dia 13 de maio pela Matrix Editora, que fez sexo com um bispo ordenado na região Norte do país que, antes de exercer a função, atuou na região do Vale do Paraíba.
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Segundo o autor, em entrevista ao portal 'Metrópoles', a homossexualidade está presente na Igreja Católica desde a relação entre os coroinhas até cargos mais altos, como bispos e arcebispos. Em 2013, quando ele ainda estava no seminário, um arcebispo costumava lhe pedir fotos sem camisa e elogiava os registros.
Entre 2016 e 2017, Brendo chegou a ter relações sexuais com um bispo, que havia atuado na região, capital da fé católica no país. O nome não foi revelado.
“Ele me chamou no Facebook para almoçar na Praça da República, quando eu já era ex-seminarista. A gente foi a uma churrascaria, e, depois, ele foi encaminhando a conversa pra uma coisa mais sexualizada. No fim da história, a gente acabou num quarto de motel”, disse Brendo em entrevista ao portal Metrópoles.
Os dois se encontraram pelo menos mais uma vez, após uma tentativa de fazer sexo a três com um garoto de programa, que não teria aceitado as condições do bispo. “Ele é uma autoridade muito mais importante que um padre, e ele tem vida sexual ativa”, reforçou o autor.
O líder religioso bloqueou Brendo no Facebook quando o pesquisador ou a falar abertamente na rede social sobre a homossexualidade presente na igreja.
Pegação.
Além da relação sexual com o bispo, Brendo conta no livro que encontros sexuais entre padres e seminaristas não são raros. Segundo ele, diversos religiosos de uma diocese do interior paulista, reunidos em um grupo secreto no Facebook, realizaram uma festa em um sítio, em São José do Rio Pardo. “Nesses encontros, tinha beijo, pegação”, afirmou Brendo.
Ele disse que alguns dos presentes são lideranças famosas dentro da Igreja Católica, que se posicionam, em público, contra a causa LGBTQIA+.
Frequentador assíduo de missas na infância, no interior do Pará, Brendo diz que saiu “de cabeça erguida da igreja” há 10 anos. Ele chegou a estudar como seminarista em Paris, na França. Hoje, considera-se ateu.
“Não fui expulso, não fui mandado embora. As pessoas que não conhecem tentam mudar o argumento. Porém, eu tenho até cartas dos padres me recomendando, falando bem de mim. Nunca aconteceu nenhum escândalo comigo. Nunca teve problema. Eu saí de cabeça erguida da igreja. Isso é o que eles têm mais raiva, porque, se eles tivessem me expulsado, eles teriam esse argumento, mas não aconteceu nada. Eu saí porque quis mesmo”, afirmou.
* Com informações do portal Metrópoles