
A polícia prendeu em flagrante um homem de 49 anos acusado de agredir as duas filhas durante a madrugada de terça-feira (20), em São Sebastião. O caso ocorreu em uma residência no bairro Enseada. As vítimas, de 19 e 14 anos, relataram episódios recorrentes de violência física e psicológica cometidos pelo pai. A prisão foi efetuada após denúncia da escola onde uma das adolescentes estuda.
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Segundo o boletim de ocorrência, o homem invadiu o quarto onde as filhas dormiam, revirou o armário de uma delas em busca de um celular e a agrediu com uma chinelada no rosto. A vítima mais velha, de 19 anos, declarou em depoimento que o pai disse: “Eu quero te matar”.
Na sequência, ele tentou agredir a filha mais nova com o mesmo chinelo, momento em que a mais velha interveio, tentando impedi-lo. A situação evoluiu para agressões físicas violentas, incluindo tapas no rosto, socos, pisões no estômago e, conforme relatado, o uso de uma faca. A vítima apresentava lesão na testa e relatou que foi obrigada a desbloquear seu celular sob ameaça.
“Ele me deu uma chinelada na cara… falou que queria me matar… me xingou de aleijada e disse que meu filho ia nascer aleijado”, relatou a filha mais velha.
A irmã mais nova, de 14 anos, também foi agredida. O pai teria desferido socos e uma “bicuda”, que atingiu a região íntima da adolescente. Ambas foram levadas para atendimento médico e realizaram exames, incluindo ultrassom.
A policial municipal que conduziu a ocorrência, declarou em seu depoimento que o acusado foi encontrado no portão da escola onde a filha mais nova estuda e ele alterado e agressivo. Diante da postura, os agentes precisaram utilizar algemas para conter o homem e garantir a segurança da equipe e dos envolvidos.
“Ele estava super agressivo com palavras ofensivas… fui obrigado a usar força escalonada com uso de algema”, disse o policial municipal.
O acusado foi conduzido à UPA junto às vítimas, e posteriormente à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Sebastião, onde foi autuado em flagrante pelos crimes.
A filha mais velha solicitou medida protetiva de urgência. Segundo ela, esta não foi a primeira vez que sofreu agressões do pai — a jovem afirmou que em outro episódio anterior chegou a sangrar, mas não registrou boletim de ocorrência na ocasião.
“Essa foi a segunda vez. A primeira vez ele me deixou sangrando”, relatou.
A mãe das meninas também foi ouvida como testemunha e confirmou as agressões.