
Em visita ao Vale do Paraíba, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o custo de vida deve começar a cair com a safra recorde deste ano, após estabilidade no clima, e cobrou redução da taxa básica de juros, que subiu para 14,75% em maio, maior patamar em quase 20 anos.
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Alckmin cumpriu agenda em Pindamonhangaba na tarde desta sexta-feira (23), em anúncio de investimentos da fábrica da Novelis, líder global em laminação e reciclagem de alumínio.
Em resposta a questionamento de OVALE, Alckmin falou sobre o custo de vida no Brasil, a expectativa de redução no preço dos alimentos e cobrou queda na taxa de juros.
“Tivemos no final do ano ado uma seca impressionante, que derrubou a safra. Uma safra menor o preço sobe. De outro lado, o dólar que estava R$ 5,60 foi para R$ 6,20 e deu um salto, e isso reflete na mesma semana [nos preços]. Esse cenário mudou”, afirmou o vice-presidente.
“O clima até agora está bom, deveremos ter uma safra recorde. Ela deve crescer mais de 10% esse ano. Com uma safra forte, o preço tende a cair. De outro lado o dólar, que deu uma caída e está em R$ 5,66. A tendência da inflação é ter uma redução, especialmente o alimento.”
Sobre a taxa de juros, Alckmin disse que a elevação da Selic “é um problema” para o país, tornando o investimento mais caro.
“Isso é um problema. Quem precisa de capital paga mais caro. De outro lado, quase metade da vida pública brasileira é ligada à taxa Selic. Cada 1% de aumento na taxa Selic custa R$ 48 bilhões por ano na rolagem da dívida. O que eu vejo? Da mesma forma que subiu rápido, a hora que puder tem que cair rápido. Quanto mais rápido melhor”, disse Alckmin.