PROBLEMA

Após captar R$ 19 mi, startup de SJC demite 130 funcionários

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Protótipo com Harpia
Protótipo com Harpia

A startup brasileira Psyche Aerospace, sediada em São José dos Campos, encerrou sua divisão de drones agrícolas em 16 de maio de 2025, resultando na demissão de 130 funcionários. A empresa havia captado R$ 19 milhões para desenvolver o Harpia P-71, que prometia ser o maior drone de pulverização agrícola do mundo.

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O Harpia P-71, com capacidade nominal de 250 kg, era movido por etanol e baterias elétricas, podendo transportar até 400 quilos de defensivos agrícolas. Apesar de cartas de intenção assinadas para pulverizar 500 mil hectares, a empresa enfrentou dificuldades para atrair novos investidores e clientes.

Ex-funcionários apontam má gestão financeira, incluindo aluguel de carros de luxo para a diretoria e altos salários, como fatores que contribuíram para a crise. O CEO Gabriel Leal nega as acusações e afirma que a empresa agora focará no desenvolvimento da plataforma de inteligência artificial Turing, lançada em janeiro de 2025.

A Psyche continuará operando com uma equipe reduzida de 25 a 30 pessoas em um escritório em Campinas, concentrando esforços na área de IA para o agronegócio.

“Gostaríamos de deixar claro que os projetos de hardware, como o Harpia e outros, não estão sendo descartados. Eles estão, na verdade, em um estágio de "congelamento" estratégico, aguardando o momento oportuno para serem retomados. Desenvolver tecnologia de ponta é um desafio complexo, tanto financeiramente quanto operacionalmente, e sempre buscamos fazê-lo aqui no Brasil. No entanto, reconhecemos que existem fatores externos que, por vezes, tornam esse processo mais intrincado em nosso país”, disse Gabriel em postagem no Linkedin.

“Apagando os comentários dos próprios ex-funcionários, é essa a Psyche, diretores com mega salários, carros alugados, alugando andares onde a Boeing ficava, galpões desnecessários, sendo que o drone não possuía nem horas de voo mínimas necessárias para certificar”, escreveu Raphael Ribeiro.

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