
A Câmara de Bauru chega à sessão desta segunda-feira (26) com a expectativa de instaurar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a denúncia da ex-aliada do governo Damaris Pavan, que apontou supostos desvios de bens do Fundo Social sob a gestão de Lúcia Rosim, mãe da prefeita Suéllen e atual secretária de Assistência Social, além de votar um projeto da Mesa Diretora da Casa que cria 21 novos assessores, um a cada vereador.
A discussão em torno da abertura de investigação se arrasta já há uma semana. Na segunda ada (19), vereadores de oposição conseguiram reunir mais do que o número necessário de s para abrir a Comissão de Inquérito. A composição da CEI, contudo, ficou para esta semana porque já não havia tempo hábil para ser lida durante o expediente da última sessão.
O requerimento pela abertura de CEI une vereadores da oposição à base do governo. Já am o documento Pastor Bira (Podemos), Estela Almagro (PT), Eduardo Borgo (Novo), Júnior Lokadora (Podemos), José Roberto Segalla (União Brasil), Natalino da Pousada (PDT), Cabo Helinho (PL), Márcio Teixeira (PL), Beto Móveis (Republicanos), André Maldonado (PP), Arnaldinho Ribeiro (Avante), Júnior Rodrigues (PSD), Dario Dudario (PSD), Edson Miguel (Republicanos) e Miltinho Sardin (PSD).
Se de fato instaurada, a CEI deve investigar a gestão do Fundo Social de Solidariedade sob a presidência da mãe da prefeita Suéllen Rosim (PSD), a atual secretária de Assistência Social Lúcia Rosim.
Os supostos desvios foram denunciados na semana ada por uma ex-aliada do governo, Damaris Pavan, que ocupou cargos comissionados na gestão Rosim de 1 de janeiro de 2021 até abril deste ano. Em nota, a prefeitura afirmou que as declarações da ex-aliada são "levianas" e "sem credibilidade" e fruto de "vingança".
CARGOS
Também está na pauta desta segunda-feira um projeto da Mesa Diretora da Câmara que cria 21 novos cargos comissionados de assessores parlamentares, um a cada vereador.
A cúpula do Poder Legislativo argumenta que os novos assessores são necessários "em razão da alta necessidade dos serviços prestados pelos gabinetes de vereadores, advinda da crescente demanda de atendimento aos munícipes, tendo em vista o crescimento do próprio município".
O texto, que une votos de praticamente todas as alas da Câmara, prevê vencimentos de R$ 7,7 mil a cada assessor. Somado ao décimo terceiro salário e aos 12 recebimentos de vale-alimentação, hoje fixado em R$ 1.703,00, a criação das 21 vagas tem impacto anual de R$ 2,54 milhões - ou R$ 10,1 milhões a cada quadriênio.