
Espasmos involuntários nas pálpebras, conhecidos como mioquimia palpebral, têm sido relatados com frequência em ambientes de trabalho e situações de alta demanda mental. O fenômeno, geralmente ageiro, pode estar relacionado ao estresse, cansaço ou exposição prolongada a telas.
Por que esses espasmos acontecem?
Segundo o neurologista Guilherme Olival, o sintoma ocorre por causa de impulsos nervosos intensificados em períodos de tensão. A contração muscular na região dos olhos é uma resposta comum do organismo sob pressão. A utilização contínua de dispositivos eletrônicos também pode contribuir para esse tipo de espasmo.
A mioquimia costuma ser considerada um quadro benigno, sem relação com doenças neurológicas mais graves. No entanto, há situações em que a persistência ou intensidade do tremor pode indicar a necessidade de avaliação médica. Entre os sinais de atenção estão episódios que duram vários dias, atingem outras partes do rosto ou interferem em atividades diárias.
Ansiedade e burnout
Casos mais prolongados podem estar associados a condições como a síndrome de burnout ou transtornos de ansiedade. De acordo com especialistas, esses quadros têm se tornado mais frequentes em contextos de sobrecarga profissional e privação de descanso.
Medidas simples, como estabelecer pausas regulares durante o uso de telas, manter uma rotina de sono adequada e reduzir a exposição a fatores estressantes, podem contribuir para a redução dos episódios. Atividades como exercícios respiratórios, alongamentos e práticas de atenção plena também são indicadas como formas de controle.
Em situações em que os espasmos oculares persistem ou se tornam mais intensos, a orientação é procurar um neurologista para investigação adequada.