
Dezesseis pessoas foram presas na segunda fase da operação Castelo de Areia, deflagrada em Franca, na manhã desta terça-feira, 3, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, com apoio da Polícia Militar - Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de Ribeirão Preto e da Força Tática de Franca.
A ação resultou no cumprimento de 17 mandados de prisão, dos quais 16 foram efetivamente realizados. Desses, 14 pessoas foram em Franca, 1 em Ribeirão Preto e 1 em Pedro Leopoldo (MG). Um suspeito é considerado foragido.
Todos são alvos de prisão temporária, com a duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período. Neste tempo, o Ministério Público analisará a prova apreendida para eventual oferecimento de denúncia.
Veja os nomes dos alvos da operação desta terça:
- Antônio Henrique Pimenta Mathias;
- Leonardo Carrijo Machado;
- Matheus Carrijo Machado;
- Bruno Ricardo de Matos Souto;
- Everaldo Bastos Guimarães;
- Eraldo Bastos Guimarães;
- Rayander Luiz Nascimento Loviat;
- Patrick da Silva Delgado;
- Alex Sander Henrique da Silva;
- Thiago Giacomini Cravo;
- Rogério Alves dos Santos;
- Alex Alves dos Santos;
- Célio Luís Martins;
- Willian Fernando Alves do Nascimento;
- Carlos Roberto de Souza;
- Wescley Mateus Carlos da Costa.
Dinheiro, armas e Rolex apreendidos
Além das prisões, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em diversos endereços de Franca.
Durante a operação, foram localizados e apreendidos um relógio de luxo (Rolex); 15 aparelhos celulares; computadores; anotações ligadas à prática criminosa investigada; e três armas de fogo - sendo dois revólveres calibres .32 e .38 -, e uma pistola 9 mm. Em uma das residências, a polícia encontrou cerca de R$ 50 mil em espécie, além de quase R$ 100 mil em cheques. Um dos presos, que estava com um revólver calibre .38, já possui antecedentes por roubo.
“Alguns dos indivíduos já são conhecidos da polícia. Um deles, inclusive, já tem duas agens por roubo”, afirmou o Capitão Marcel, do Baep.
A operação transcorreu sem resistência. “A abordagem foi feita nas primeiras horas da manhã e os alvos foram surpreendidos, sem tempo para qualquer reação. Não houve confronto”, destacou o militar.
As investigações seguem sob responsabilidade do Ministério Público, que agora apura, entre outros crimes, a possível utilização das armas apreendidas para intimidação de vítimas.
Ao todo,participaram da operação 11 promotores de Justiça do Ministério Público de São Paulo, 28 equipes da Polícia Militar de São Paulo, sendo 18 do Baep 10 da Força Tática de Franca, além de promotores PMs de Minas Gerais.
Ajuda a familiares de presos
Em nota, o Ministério Público informa que "os elementos indicam que os investigados presos nesta oportunidade possuem ligação direta com os presos (e condenados) da primeira fase da operação Castelo de Areia, mantendo as atividades criminosas da organização criminosa, inclusive auxiliando na manutenção financeira de parte dos familiares dos presos".
"Há elementos de prova demonstrando que os investigados da segunda fase mantinham o padrão de violência e grave ameaça empregados pela organização criminosa, bem como movimentando alto volume financeira, principalmente em contas bancárias em nome de terceiros, somando, aproximadamente, R$ 31 milhões nos últimos 4 anos", completa a nota.
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